A diferença genética entre seres humanos e chimpanzés é de aproximadamente 1%.
Já a diferença genética entre dois humanos quaisquer do planeta é da ordem de 0,1%.
Os seres humanos constituem uma espécie muito nova, e muito homogênea
Não existem critérios biológicos para separar s seres humanos em raças.
Somos uma única e indivisível espécie.
Ainda em 1863, quando Thomas Huxley lançou seu livro Evidence as to Man´s Place in Nature, a similaridade entre humanos e os grandes símios (Chimpanzés, Bonobos, Gorilas, Orangotangos, Gibão) já era reconhecida. E foram diversas as tentativas de estabelecer qual seria o parentesco entre "nós" e "eles".
De fato, gradativamente a percepção de que os humanos deveriam se enquadrar na família Hominoidea tornava-se mais consolidada.
Mais ainda, as evidências sugeriam fortemente que, dentre os grandes símios, os humanos apresentavam características que os aproximavam mais dos símios africanos que daqueles originários do continente asiático.
Apenas muito mais tarde as ferramentas da genética molecular permitiriam estabelecer a real similaridade genética entre estes grupos de primatas. Hoje sabemos, por exemplo, que a espécie humana apresenta 46 cromossomos, enquanto gorilas, chimpanzés, bonobos e orangotangos apresentam 48.
E mais do que isso, a diferença genética entre estes grupos é mínima. Sendo 3,6% de diferença entre humanos e orangotango, 1,6% entre humanos e gorilas, e apenas 1,2% entre humanos e chimpanzés. Sim, dentre os animais viventes, os chimpanzés são aqueles que apresentam a maior similaridade com os seres humanos.
Não obstante, esta pequena diferença genética se traduz em grandes diferenças fenotípicas na anatomia e no comportamento. E grande parte da diferença está na forma como os genes são expressos (convertidos em proteínas), principalmente nos nossos cérebros. Cerebros que são especialmente grandes para um primata, e tema sobre o qual falaremos em uma outra publicação.